sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Minicurso_Sebrae

Alunos de Jornalismo participam de
minicurso sobre planejamemento de Negócios

O que é uma sala de aula? Para os alunos da disciplina de Planejamento e Gerenciamento Jornalístico, é um espaço de debates constantes entre academia e mercado de trabalho. Nesta quarta-feira (11), foi encerrado, na sala 510 do bloco A, o minicurso “Planejando a abertura do seu negócio”, ministrado pela gestora de projetos do Sebrae Katlin Câmara Machado. A coordenação da atividade é do professor Vlaudimir Salvador.

O encontro foi realizado em dois dias. Nesta segunda-feira (9), houve uma simulação da implantação de uma empresa pelos alunos. Cada um seria sócio do empreendimento e teria responsabilidades em cada setor administrativo. Em tom informal e, ao mesmo tempo, de aprendizagem, os alunos decidiram abrir um bar. “Mas vocês pensam que é só colocar cerveja para gelar?”, perguntou Katlin Machado à turma. Ela apresentou modelos de gestão que evitam falhas no gerenciamento de negócios, a exemplo do conhecimento do público-alvo, o padrão de qualidade dos produtos e a importância de uma mão de obra especializada.


Esse debate sobre a abertura da primeira empresa já é realizado há quase seis anos na Unicap, numa parceira entre Vlamdimir Salvador e Katlin Machado. O professor declarou que já passou dificuldades na implantação de seu primeiro negócio. “Idealizada por mim e com parceira de mais três profissionais formados em jornalismo, comecei bem, mas, de repente, em seis meses, o negócio teve que parar e fechou as portas“, contou. Ele revelou que desconhecia a realidade do mercado de pequenas empresas no ramo de assessoria de imprensa. “Fiz um grande investimento na compra de equipamentos de alto valor na época, como computadores e aparelhos telefônicos”; e defendeu, “isso poderia provocar uma frustração pelo resto de minha vida, mas eu tomei como lição e quero que ninguém repita esse erro”.

Muitos brasileiros veem no mercado informal uma saída para as altas taxas de desemprego. A ausência de pagamento de impostos ou mesmo a flexibilidade de horário de trabalho seduz boa parte da população na permanência de pequenas empresas sem registro. Para Katlin Machado, vale a pena oficializar a empresa para garantir vantagens ao dono em linhas de financiamentos e segurança no sistema de aposentaria, caso o profissional autônomo adoeça, por exemplo, e não possa exercer seu trabalho. “É legal ser informal? Não. Existe uma série de limitações, como a ausência de cobertura do sistema previdenciário. Além do mais, o empresário regularizado pode prestar serviços ao governo ou ser beneficiado com empréstimos com juros abaixo da linha de mercado”, defendeu.

Nesta quarta-feira (11), Katlin Machado ainda desconstruiu alguns mitos, como o processo burocrático na abertura do primeiro negócio. “Quando vamos registrar uma empresa é uma forma de avisar as três esferas de governo (município, Estado e Governo Federal). Empresa não é sinônimo de imposto. Uma coisa sou eu abrir uma empresa, outra é eu pagar impostos. O pagamento dessas tarifas é realizado, apenas, quando estamos produzindo nessa empresa. Se o estabelecimento estiver parado, não pagamos nada”, mas alertou, “entretanto, temos que comunicar aos setores públicos que não estamos produzindo ou se empresa não estiver funcionando”, lembrou.

O minicurso também trouxe discussões atuais para o mercado de trabalho em jornalismo. Perguntada sobre a possibilidade de uma abertura de assessoria de imprensa por profissionais não formados em comunicação social, a palestrante foi enfática: “Isso é um absurdo”. Ela relembrou o episódio da perda da exigência do diploma para exercer o jornalismo e cobrou aos estudantes manifestações, “vocês deveriam ter reagido de forma mais política e organizada. Existem os conselhos de administração, de enfermagem e de medicina. Para um instrutor trabalhar numa academia, ele precisa ser registrado. Cada profissão tem sua particularidade”, destacou.

Fonte: Textos e fotos: Tércio Amaral_Boletim Assecom

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