domingo, 18 de outubro de 2009

Análise_Cidade


Cidade, doce lar

Acredite: é possível ter uma vida mais genuína, equilibrada, gentil e prazerosa no lugar agitado e cheio de prédios onde você vive. Saiba como
Havia torres de alumínio, vastas muralhas, pontes levadiças e canais que dividiam os bairros. No entanto, alguém teve olhos para enxergar outras coisas: Cheguei aqui na minha juventude, uma manhã; muita gente caminhava rapidamente pelas ruas em direção ao mercado, as mulheres tinham lindos dentes e olhavam nos olhos.

São palavras de encantamento que destoam de um cenário meio inóspito (torres, muros, pontes) que até poderiam descrever metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e tantas outras cidades grandes e médias do Brasil. Mas a cidade descrita no texto chama-se Dorotéia e é bom esclarecer antes que você queira consultar o guia mais próximo não existe. É ficção. Foi planejada e construída por um genial escritor italiano, Italo Calvino (1923-1985), no livro As Cidades Invisíveis, em que o viajante Marco Pólo descreve ao imperador mongol Kublai Khan as cidades (todas imaginárias, todas com deliciosos nomes femininos) por onde ele teria passado em suas andanças legendárias.

O exemplo extraído da literatura mostra que cidades importam mesmo é pelo que somos, o que fazemos nas suas ruas e o que vivemos nas esquinas, estejam elas bagunçadas ou tinindo de tão organizadas. As pessoas seguem amando cidades desordenadas porque estão apaixonadas e porque viveram situações ricas ali, afirma o sociólogo e urbanista colombiano Hernando Gómez Serrano. Para mim, a cidade mais linda que eu conheço é a última em que caminhei apaixonado: Bogotá.Mas é claro que é melhor estar apaixonado em uma rua tranqüila do que em um engarrafamento. A partir de agora, saiba como os problemas das cidades começaram e descubra maneiras simples e serenas de enfrentá-los.

No princípio foi o caos

A primeira das cidades grandes como a gente conhece hoje foi a Paris do século 19. Em 1852, o barão de Haussmann, prefeito parisiense apelidado de o destruidor criativo, começou a botar abaixo as ruelas medievais da cidade, sujas e estreitas. No lugar, construiu imensos bulevares que se encontravam no Arco do Triunfo, com encanamento de água e saneamento básico. Ainda não existiam carros, mas a rua já era dos motoristas e suas carruagens. Pela primeira vez, corredores e condutores podiam, no coração da cidade, lançar seus animais em plena velocidade, afirma oteórico americano Marshall Berman, autor do livro Tudo que É Sólido Desmancha no Ar.
Na aurora do século 20, pipocavam idéias para conter a miséria e a bagunça. Em Londres, o repórter e arquiteto Ebenezer Howard, impressionado com o estado deplorável dos bairros populares, resolveu projetar aquele que seria o lugar perfeito: a cidade-jardim, uma cidade autosuficiente onde as pessoas voltariam a ter contato com a natureza. Nascia ali o ideal urbanóide da casinha no campo e da cidade descentralizada, sem aquela agradável (e essencial) mistura de prédios, casas e pequenos estabelecimentos comerciais que fazem a vida de qualquer bairro que se preze. Anos depois, com a chegada do automóvel, as cidades passaram a ser vistas como máquinas: para dar certo, todas as partes precisavam funcionar em harmonia. Nos anos 20, o arquiteto suíço Le Corbusier planejou uma cidade sem pedestres e sem ruas. Dentro de um imenso parque, 24 arranha-céus se comunicariam por canais suspensos. Tratava-se de uma cidade funcional, padronizada, sem espaço para preferências pessoais. Precisamos matar a rua, afirmava Le Corbusier.

A ideia do francês era louquíssima, claro, mas acabou influenciado boa parte do urbanismo do século 20. Foi assim que surgiram cidades com projetos grandiosos, vias expressas sem lugar para pedestres e divisão em bairros habitacionais longe do comércio, zonas industriais e áreas verdes. O problema é que essas tentativas de dominar o caos acabaram criando bairros monótonos, parques abandonados e muita, mas muita necessidade de transporte motorizado. Isso não é reurbanizar a cidade, mas saqueá-la, afirmou em 1961 a urbanista Jane Jacobs, autora de Morte e Vida de Grandes Cidades. O trabalho dos urbanistas modernos virou um perrengue ainda maior quando o crescimento populacional fez as cidades explodirem, resultando na bagunça que você conhece. Apesar de terem sofrido tanto, as cidades ainda guardam soluções, vantagens e prazeres que não se mostram à primeira vista, diz o urbanista Hernando Gómez.

A seguir, conheça algumas maneira para fazer da sua cidade um lugar na medida dos seus sonhos.

Monte a sua cidade

Uma das primeiras vantagens das metrópoles é que, nelas, não há padrão a ser seguido. Tem de tudo. Muito mais do que em cidadezinhas do campo, aqui dá para escolher como viver. A metrópole dá oportunidade para desenharmos a cidade que quisermos, afirma Hartmut Günther, professor de psicologia urbana da Universidade de Brasília (UnB). Cada morador deve decidir qual é o seu ideal de qualidade de vida. Dependendo do que você quer, dá para ter um pouco da vida de casinha de campo a duas quadras da avenida Paulista, uma cara de pousada da Bahia em Porto Alegre ou de estância gaúcha no Rio de Janeiro. A escolha do modo de vida deve definir, primeiro, o lugar onde você vai morar. Você prefere um apartamento no Centro, pertinho do agito, ou um sobrado num bairro residencial com terrenos mais baratos? A rua vai ser uma dessas sem saída, bem tranqüilas, ou cheia de carros e comércio variado?

Traga o interior

Muita gente reclama que, na cidade, as pessoas são anônimas e ninguém se cumprimenta. Mas quem disse que a proverbial arte interiorana do bate-papo não pode ser levada para a metrópole? Além de jogar conversa fora com os vizinhos e comerciantes próximos, dá para ajudá-los e até depender deles de vez em quando. Cuidar do filho enquanto o casal ao lado sai para jantar, pedir para o dono da padaria ao lado receber a encomenda e o célebre ritual de emprestar uma xícara de açúcar do vizinho são jeitos de estabelecer trocas de confiança e tornar as relações menos superficiais, descobrindo o que acontece na vida da pessoa que dorme a alguns metros de você.

Além disso, a auto-suficiência típica do interior também pode ser seu estilo de vida. Em vez de depender tanto de serviços contratados, que tal consertar com as próprias mãos a mesa que quebrou? Ou fazer uma bela blusa de tricô para o amigo que faz aniversário? Além de ser mais econômico, dá para extrair a calma associada ao interior de atividades feitas por você mesmo, como ter uma horta, lavar a roupa ou pintar o portão que anda enferrujado. É possível levar a paz do campo para a cidade.Do mesmo modo, a pessoa pode ter uma vida repleta de conflitos vivendo em ambientes tranqüilos, diz o psicólogo Paulo Fueta.

Faça o seu oásis

As duas dicas aí de cima dependem de uma questão fundamental: a sua casa. Sua moradia precisa ser uma ilha de conforto, um santuário pessoal na cidade, para isolá-lo da confusão que campeia lá fora, afirma Allen Elkin, autor do livro Feliz Cidade. Não adianta reclamar da bagunça urbana se ela continua entre suas quatro paredes. Em vez disso, o melhor é aproveitar para fazer da sua casa uma minicidade tranqüila, cheia de plantas, organizada e tratada com carinho, serenidade e delicadeza.
Apesar da imagem de solidão que os grandes centros urbanos passam, você está livre para abrir as portas de sua casa aos amigos. Além de aparecer para festas, jantares e churrascos, os mais chegados podem ficar com a chave de sua casa, caso eles ou você necessitem. E o cheiro gostoso do interior aparece facilmente em casa com um fogão a lenha. Também é possível se inspirar na Serra do Mar para fazer um belo jardim de inverno ou pelo menos deixar a casa repleta de plantas e móveis rústicos. Até o ritual clássico do interior passar a tarde em cima da árvore se esbaldando com as frutas pode ser realizado em um modesto quintal da cidade grande. Opções não faltam.

Cultive a natureza

A preocupação com a casa também dá um desconto na distância entre a metrópole e a natureza.Toda grande cidade precisa de áreas verdes para deixar o ar menos poluído,diminuir a concentração de calor e aliviar o estresse urbano para a ONU, não existe qualidade de vida sem 16 metros quadrados verdes por habitante. Se você sente falta de verde onde mora, uma boa dica é meter a mão na terra e montar um jardim,um quintal ou até mesmo um pomar (como o escritor Rubem Braga, que mantinha um verdadeiro pomar suspenso em sua cobertura em Ipanema). Mas se preferir espaços verdes maiores e mais democráticos, trate de aproveitar os parques e, se for o caso, as praias da sua cidade. Nada como o contato com o mar em uma praia afastada para colocar as idéias no lugar. Já nas capitais longe do litoral, a saída é aproveitar

os parques da melhor forma possível.

Porém, se o parque da sua cidade parece abandonado, procure freqüentá-lo quando houver eventos como feiras ou exposições culturais. Parques funcionam como ótimas academias ao ar livre: em vez de gastar dinheiro em lugares fechados, botar o corpo para correr no parque ajuda a diminuir seu estresse, e sua relação com o lugar se torna mais íntima. E fique atento às áreas verdes escondidas: o jardim de uma igreja, uma escadaria cheia de árvores ou um ponto com vista panorâmica podem funcionar como um refúgio, um santuário verde para contrabalançar o caos urbano.
Mas se você quer área verde mesmo, saiba que florestas fechadas, com mato e banho de cachoeira, estão mais perto do que se imagina. O que você acharia, por exemplo, de morar em uma cidade com um sexto do território protegido por uma área de preservação ambiental, florestas enormes e duas aldeias indígenas? Legal? Pois estamos falando de São Paulo, a quarta maior cidade do mundo. Como a maioria das metrópoles tupiniquins, São Paulo abriga florestas bem acessíveis. É preciso descobri-las.

Seja democrático

Como você, os outros moradores da cidade também têm um jeito de morar, um estilo e preferências diversas. Os habitantes das grandes cidadesprecisam aprender a conviver com a diferença, afirma Ermínia Maricato, professora de urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Um dos traços principais da postura urbana é não se incomodar ao topar na rua com pessoas e comportamentos que eventualmente não contam com a sua aprovação. A cidade, enfim, é o palco das diferenças. O jornalista Alcino Leite Neto, por exemplo, não entende por que o centro de São Paulo é tão malvisto. Quando se fala em revitalizar o Centro, parece que ele está morto. E não está, diz ele, que escolheu orar perto da avenida Paulista por causa dos cinemas da região.O centro de São Paulo é bastante vivo, mas quem vive lá é uma outra classe social. Depois de morar durante dois anos em Paris, Alcino considera o centro de lá e o paulistano no mesmo nível. Todos têm seu charme, diz. A postura urbana pode até transformar você em um Indiana Jones metropolitano, descobrindo o diferente de quermesses a lautos banquetes em um restaurante freqüentado apenas por imigrantes de algum país distante. Afinal de contas, na metrópole, tudo pode acontecer.

Mergulhe nas ruas

Andar a pé por aí é essencial para manter a segurança da sua cidade. Uma rua movimentada e com comércio aberto é bem mais segura que outra deserta e cercada por muros. A paz nas calçadas e nas ruas não é mantida basicamente pela polícia, afirma Jane Jacobs. Quem a mantém são os padrões de comportamento espontâneos presentes em meio ao povo. Além disso, o ato de caminhar faz com que o morador realmente viva o seu lugar: só flanando por aí é que se consegue perceber os detalhes da cidade e até se encantar com sua imprevisibilidade. Não consigo imaginar a vida em uma cidade sem

o ato de caminhar por ela, afirma o colombiano Hernando Gómez.

Reduza o estresse

A irritação que eventuais picuinhas urbanas provocam pode ser diminuída de duas formas. Primeiro, evitando aquilo que irrita. Depois de identificar e reconhecer quais são os causadores do seu nervosismo, tente dar um jeito neles. É claro que não dá para apertar um botão e fazer o engarrafamento desaparecer, mas evitá-lo, buscando rotas ou horários alternativos, dá, sim. O segundo caminho é adquirindo o poder de lidar com a bagunça da cidade de forma mais madura. Em geral, isso passa por resolver a situação de estresse e os problemas afetivos que levam a pessoa a focar-se nos problemas, afirma a psicóloga Marilda Novaes Lipp, do Centro

Psicológico de Controle do Estresse.

Além disso, há táticas para recuperar o bem-estar perdido pelas esquinas. A mais simples é arranjar uma boa atividade física: bastam 30 minutos de exercícios para o corpo liberar endorfinas, substâncias que dão sensação de conforto e bem-estar. Outro jeito é lembrar que não adianta contribuir para deixar a situação de estresse ainda pior. Quando alguma coisa der errado como perder as chaves no ônibus , não transforme o problema numa tragédia. Você não vai ganhar nada com isso.Na hora do nervosismo, porém, soltar um pouco de irritação é seu direito. Não é errado sentir raiva, diz Marilda Lipp. O que pode ser errado é o modo como a expressamos.

Ache a sua turma

As cidades estão cheias de pessoas que passam horas diante do sofá evitando o delicioso e imprevisível encontro com a vida lá fora. Quem age assim deixa escapar um dos grandes trunfos da cidade: o de abrigar todo tipo de gente e grupos com sonhos, idéias e inclinações. Se você ainda não descobriu seu canto na cidade, vá em busca dele. O melhor é começar pelas coisas de que você gosta. Uma preferência musical pode levar a bares específicos, cursos de dança ou de música. Um hobby, como o de cozinhar, tem a possibilidade de virar uma reunião semanal na casa de amigos que compartilham o mesmo gosto pelas artes da cozinha.Participar de uma organização comunitária ou mesmo de uma equipe esportiva também são jeitos de achar a sua turma.

Mude de vida

Grande parte do estresse urbano é causada não tanto pela cidade, mas pelo modo como se vive nela. Em vez de mudar de cidade, muitas vezes é mais frutífero deixar de trabalhar em um lugar de competição agressiva entre os colegas, por exemplo. No lugar de sair de casa para enfrentar supermercados lotados e estacionamentos apinhados, será que não é melhor voltar a freqüentar a mercearia da esquina ou a padaria do bairro?

Outro ponto importante é a comida: nada impede que nos alimentemos, no meio da poluição e das lanchonetes de fast food urbanas, do modo mais saudável e consciente possível. Lembre-se: não é porque você mora em uma cidade grande que precisa ter um comportamento urbanóide. As cidades não determinam o comportamento de ninguém, afirma o psicólogo Hartmut.

Evite o trânsito

Unanimidade: trânsito congestionado é chatíssimo. Ninguém é bem resolvido o bastante para ficar tranqüilo em um engarrafamento estando atrasado para o trabalho e a 40 ºC. Por isso, a melhor coisa a fazer diante do trânsito caótico é tentar evitá-lo. Dependendo de suas possibilidades, dá para trabalhar em casa, morar perto do trabalho ou adotar rotas e horários alternativos. Andar a pé é sempre o mais aconselhado por qualquer urbanista. Mas há outras alternativas. O gerente de sistemas Willian Cruz, que mora no bairro de Perdizes, em São Paulo, adotou uma postura nova no trânsito depois que seu carro foi para o conserto. Para quebrar o galho, comecei a ir para o trabalho de bicicleta e não parei mais, diz. Dois anos depois, ele virou louco por bicicleta. Até mesmo influenciou os colegas de trabalho. Faço os oito quilômetros do trajeto em menos tempo do que de carro. E chego animado em vez de estressado pelo trânsito.

Como uma hora ou outra você vai dar o azar de ficar preso no trânsito, saiba que se ressentir pela vida diante do volante é a pior coisa que se pode fazer. A realidade já nos dificulta o bastante, não precisamos ajudá-la a fazer isso, diz o psicólogo Paulo Fueta. O melhor é fazer pequenos projetos para evitar aquela situação. Também é bom administrar bem o tempo, já que ficamos muito mais nervosos no trânsito quando estamos atrasados. Ajuda criar um ambiente agradável no carro, com música, temperatura e roupas confortáveis.

Participe da cidade

Não adianta resolver todos os seus problemas se as pessoas ao redor ainda conviverem com eles. Participar das decisões para melhorar é essencial. Exigir calçamento sem buracos, ruas mais iluminadas e fazer parte das decisões da cidade são recomendações previstas no Estatuto da Cidade. Participar da questão urbana ajuda a melhorar a cidade e a vida de quem mora nela, afirma Regina Monteiro, conselheira do Defenda São Paulo, movimento que reúne associações de bairro paulistanas.
Ok, reuniões de condomínio não são o melhor programa da sua vida, mas tornam o dia-a-dia mais civilizado. Além delas, dá para participar da cidade aderindo a grupos de assistência, associações de moradores, ajudando na escola do bairro. Sem falar nas atitudes básicas que todo cidadão deve tomar. O governo tem um papel primordial, mas os moradores precisam apoiar programas como reciclagem e limpeza da cidade, afirma
Ermínia Maricato.

Conheça a história Cidades grandes são resultados complexos de fenômenos igualmente impressionantes. Entender por que o seu bairro é feito de ruas tortas, por que as casas são todas iguais ou descobrir a origem das pessoas que formam a cidade são modos de começar a gostar ou, pelo menos, entender a metrópole. Além disso, se a sua cidade não parece gloriosa hoje, certamente ela teve um passado glorioso que pode deixar sua vivência pelas ruas mais interessante. Há diversas formas de conhecer a história da cidade,desde a origem do nome da rua, o nascimento do bairro, os imigrantes que o povoaram.

Aproveite. Sempre

É possível tirar muito prazer de coisas simples da cidade, como andar por um bairro desconhecido, sentar em um banco de praça ou tomar um suco contemplando a multidão que zanza por todo lado, para lá e para cá. Sem falar nas centenas de restaurantes, clubes e botecos ideais para se esbaldar em delícias terrenas e viver a vida da forma mais saudável e jovial possível. Afinal de contas, fazer parte da cidade é torná-la um pouco mais parecida com você.
Um sábado, um domingo e 7 idéias

FESTA DAS FRUTAS

Nossas cidades estão cheias de bons mercados municipais, ótimos lugares para gastar pouco e conhecer a enorme variedade de alimentos no Brasil. Em capitais como São Paulo, Belém, Florianópolis e Porto Alegre, os mercados são marcos históricos.

PASSEIOS HISTÓRICOS

Para descobrir o que já aconteceu na cidade, nada melhor que passeios pelo centro histórico. O Circuito Túnel do Tempo, em São Paulo, conta a história do centro aos domingos. Reservas pelo telefone (11) 5182-3974. No Rio de Janeiro, dois arquitetos coordenam o projeto Espaços do Rio, com passeios a pé. Tel.: (21) 2548-8022.

RUA DAS COMPRAS

Nem sempre o shopping center é a melhor opção para o consumo. Praticamente todas as capitais brasileiras têm ruas temáticas, onde apenas um universo de produtos é comercializado. Descubra o encanto de olhar, pechinchar e voltar com suas compras ao ar livre, sob o sol.

POR CIMA

Há um quê de poético no ato de contemplar a cidade do alto de um mirante. No prédio do Banespinha, em São Paulo, na Vista Chinesa, no Rio, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre, e em tantos outros lugares você tem a oportunidade de observar a cidade lá de cima.

SÓ DE PASSAGEM

Se a sua cidade é uma metrópole, certamente tem hotéis tradicionais onde você nunca ficou, claro, porque é morador. Mas passar um fim de semana como turista na própria cidade pode ser uma boa idéia para quebrar a rotina e mudar sua visão do cotidiano.

MAGRELAS POR AÍ

Se você não curte andar de bicicleta sozinho, saiba que há grupos que armam passeios nos fins de semana em várias capitais e com roteiros para todo tipo de fôlego. A ONG Bicicletada organiza e dá notícias de passeios em todo o país pelo site www.bicicletada.org.

MERCADO DAS PULGAS

Perambular por feiras de antiguidades é sempre uma delícia. Seja a da praça Benedito Calixto, em São Paulo, da praça General Osório, no Rio, da praça Espanha, em Curitiba, ou do parque Farroupilha, em Porto Alegre, o encontro com objetos do passado é uma ótima chance de viajar em um Brasil conservado em porcelana, vidro e histórias.

LIVROS:
Morte e Vida de Grandes Cidades, Jane Jacobs, Martins Fontes
Feliz Cidade, Allen Elkin, Publifolha
As Cidades Invisíveis, Italo Calvino, Companhia das Letras
Tudo que É Sólido Desmancha no Ar, Marshall Berman, Companhia das Letras
O Homem e a Cidade, Henri Laborit, Iniciativas Editoriais

Fonte: Revista Vida Simples

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